Campanha do banco alimentar à porta dos supermercados.
Recebo um saco para encher com preciosidades para quem têm mais dificuldades.
Procuro no supermercado com cuidado determinados alimentos que possam ser conservados durante mais tempo, olha para o lado e vejo um homem a encher um saco igual ao meu, no fundo da secção onde me encontro, está um casal de idosos a retirar coisas das prateleiras e a encher outro saco quase até transbordar.
Entretanto chega outro casal, sem saco na mão. O homem retira do fundo do seu cesto das compras algo que tem o barulho de plástico. Pega nele e enche-o também.
Todas as pessoas que se encontravam naquela secção estavam a contribuir para o banco alimentar. Ao sair dessa secção reparo que noutras havia quem fizesse o mesmo.
Na fila para pagar, todos tinham um saco do banco com alimentos. E no final da fila, já depois da caixa encontrava-se a Mariana que com um sorriso nos olhos que brilhavam mais do que o sol de hoje, tentava chegar à bancada onde se encontravam as compras para recolher os sacos. O seu corpinho de cerca de 5 anos estava vestido com uma t-shirt do banco alimentar que lhe chegava aos tornozelos e ao pescoço trazia um lenço de escuteira.
Mariana sabe já o que é ajudar os que mais precisam, e isso da-lhe um prazer imenso. Os que pagavam, contribuiam com todo o gosto para quem quer uma refeição e não tem hipotese de a pagar. Nas secções respirava-se solidariedade, nos rostos sorrisos, nos meus olhos uma emoção.
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