sexta-feira, 30 de dezembro de 2011





Acreditar, acreditando, que se pode amar, simplesmente... amando!


domingo, 18 de dezembro de 2011

Água


Viajar até ao local mais profundo
encontrar beleza escondida digna de um mar azul
água transparente que purifica o oxigénio
que paira sobre os narizes Humanos.

Sonhos perdidos nas águas,
sonhos levados pelas correntes,
sonhos remodelados pelas marés
e de novo encontrados, diferentes.

Água pura, água minha,

domingo, 26 de junho de 2011

Inspira

O ar que tens dentro de ti. Um novo fôlego para subir ao céu. O medo de rebentar o balão. A chama que o faz levantar voo…

sábado, 25 de junho de 2011

Luz

Fogo de artifício. Fogo que sobe, explode e lentamente cai num céu negro e transparente, que sou eu. Cores brilhantes voando bem alto que se espelham nos olhos de quem assiste. Mil sonhos de luz que se diluem por entre estrelas. Sonhos em mim e em ti, reflectidos no céu.

domingo, 19 de junho de 2011

O drama da criança mal-amada

Ontem fui a uma festa de rua. Todo o recinto se reunia à volta de uma praça de touros. Havia centenas de pessoas, muito barulho da música, das pessoas, dos sons provenientes das tasquinhas, do palco onde tocavam música rock, da roulotte que vendia cds e por fim, da grande manga disposta pela rua por onde passavam touros e corriam homens suados testando a adrenalina e o poder de invencibilidade ou quem sabe omnipotência face a um animal com mais força que eles.

Outra população se destacava, por volta das 2h da manhã. Pessoas que se viam a todos os passos que dava, pessoas que desejariam mais do que tudo NÃO estar ali: crianças! 3, 4 anos, pelas mãos dos pais andavam no meio da multidão tentando ver o touro passar, pedindo uma fartura ou um algodão doce, olhos cansados, perninhas a tentar acompanhar os passos dos adultos, cabeças caídas sobre os ombros dos pais, pedindo, ainda que de outra forma, para os levarem para casa tentando transmitir que preferiam estar nas suas camas aconchegados com o seu urso de peluche.

Mais ainda se destacavam aquelas que não se viam directamente. Ilusoriamente protegidos dentro dos carrinhos, os bebés tentavam dormir com todo aquele barulho. E os pais continuavam a tentar ver o touro passar dentro da manga ou a falar com os amigos como se não existissem pequenos seres com necessidades fortes de aconchego e descanso ali junto a si. Numa tasquinha encontrava-se um bebé no seu carrinho vermelho, a música estava tão alta que não conseguíamos ouvir quem pudesse tentar falar connosco. O carrinho estava encostado ao balcão, enquanto a mãe vestida com roupas leves e demasiado frescas para a temperatura que estava, por vezes abanava o carrinho enquanto bebia cerveja e dançava um qualquer passo ao som da música, rindo e interagindo com outras pessoas.

Crianças problemáticas, mal comportadas, hiperactivas, com deficit de atenção, que se isolam que são más alunas, serão a queixa de alguns destes pais se continuarem com a mesma atitude. Depois provavelmente atribuirão à sorte a culpa destes factores, depois dirão que fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que os filhos fossem sempre felizes.

São crianças mal-amadas por pais que provavelmente terão sido também mal-amados, meninos e meninas a quem não se “ouve”, respondendo àquilo que é melhor para eles.


E eram tantos...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ao fazer um telefonema para uma instituição pública aconteceu o seguinte:

- Boa tarde.
- Boa tarde, pode passar a chamada à Drª ******** por favor?
- Ó minha senhora, hoje é dia de greve, por isso não posso passar chamadas a ninguém, só em caso de vida ou de morte!
(questiono-me do que estará esta pessoa a fazer no seu emprego se só atende os telefones a meio gás)
- E poderá dar um recado à Drª?
- Lamento, mas eu também estou em greve e por isso não posso dar recados. Ligue de novo amanhã.

sábado, 21 de agosto de 2010

Uma gota de felicidade

Quando se volta, como se volta? 
 Por vezes volta-se tão bruscamente que apenas fica a dor... Acorda-se de um sonho e deparamo-nos com mais do mesmo.
Mas, há algo que talvez não consigamos ver logo, de tal modo vimos ofuscados pela luminosidade interior que encontrámos para lá da porta.
É que agora temos um olhar diferente sobre o mundo, a vida e a felicidade!
Vale a pena ir ali ser feliz, ainda que voltemos em breve!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Há dias assim...





Ao ler o blog de alguém completamente desconhecido que se encontra a milhares de Km daqui, senti que há coisas que são semelhantes em várias partes do mundo sempre e em todo o lado.

São já 18h de um sábado de Janeiro  e eu estou desde as 9.30h a tentar concentrar-me no trabalho que tenho para fazer. Algo que gosto muito, mas hoje - sábado- me parece chato e enfadonho.

Tenho o computador à minha frente desde manhã e já falei no msn com uma amiga que não vejo há algum tempo, já andei a passear nos facebooks de outros e já fiz um ou dois daqueles testes que adivinham tudo menos a nossa verdadeira personalidade (que por vezes até nós próprios demoramos tanto a descobrir e há quem nunca o faça realmente).

Já andei a pesquisar textos sobre a teoria da criatividade como quem vai a uma livraria em modo de passeio e já visitei blogs alheios (e bastante interessantes por sinal).

De repente dou por mim e o relógio marca 18h e qlq coisa, é noite lá fora, já vejo as luzes da planicie ribatejana a iluminarem os campos, ao fundo uma aldeia pouco povoada por gente que por vezes ainda acha que aqui é o centro do mundo, e eu continuo em frente ao pc, agora  a escrever neste blog.

Hoje recusei um passeio de bicicleta; uma volta de moto4 e uma ida ao freeport porque tinha de trabalhar. Talvez se tivesse ido me tivesse sentido culpada, mas talvez também me sentisse bem melhor do que agora. Escolheria o passeio de bicicleta por entre a natureza, talvez ainda sobrasse tempo para a voltinha de mota, mas a bicicleta renovar-me-ia as forças.

No entanto nada fiz, e continuo sem vontade alguma.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Para lá da janela




Para lá da janela está o sol, está o horizonte longínquo que posso ver daqui.
Para lá da janela ficam os sonhos que deitei fora, ficam os objectivos inalcançáveis que apensas consigo visualizar... ao longe!
E aqui dentro da janela eu olho, observo, quase que toco, mas não sinto. E assim, fico deste lado a pensar como seria se partisse rumo a esse horizonte longínquo, do outro lado da janela.
Paro, penso, pergunto-me como seria, e vejo-me já a viver esses sonhos que não tenho coragem de seguir.
Encosto-me calmamente, tentando pensar naquilo que tenho de fazer de concreto, de objectivo, de necessário, tentando abstrair-me dessa utupia. Adormeço e sonho...
Acordo de um sono longínquo, sem barreiras nem medos, sem janelas grossas que me impedem de concretizar os meus sonhos. Abro os olhos e deparo-me novamente com aquela janela.

E é então que num impulso me levanto e me dirijo até à porta!!!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Ano novo... o quê de novo?

Foi algo que sempre me intrigou, esta louca febre do ano novo. A chegada de um novo ano, promete mudanças nas nossas vidas, novas paixões, novos projectos que se vão realizar, novas surpresas e claro, o velho cliché: muita saúde felicidade e paz no mundo.

O que é o ano novo? Não é mais do que uma viragem no calendário, não é mais do que a passagem de um dia para o outro, não é mais do que uma passagem de um minuto para o outro.

Porque não festejamos a passagem da primavera para o verão, a passagem do inverno para a primavera, porque não festejamos o dia mais comprido do ano em que anoitece às 22h? Não!! A essas datas ninguém liga, mas toda a gente se tem de divertir à brava na noite de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro em que olhando bem para as coisas, o tempo mantém-se o mesmo, a vida mantém-se igual e nós vestimos mais um casaco pois está frio lá fora e queremos ir para a rua bater panelas, ver o fogo de artifício ou brindar... brindar a quê?


De um ponto de vista psicológico podemos compreender o ano novo como uma possibilidade de renovação do eu, um espaço para reflexão daquilo que se fez no ano anterior e que se planeia fazer num futuro próximo, atendendendo áquilo que poderemos melhorar. Não deixa de trazer bastante simbolismo e por isso ter tanto impacto na sociedade. É que cada sujeito vê no novo ano uma possibilidade de também ele se renovar, melhorar ou mesmo uma possibilidade de ter um espaço onde possa depositar os seus sonhos.


É interessante notar que se enchem praças nas capitais mundiais, onde por mais frio que esteja se está para festejar esta renovação dos sonhos.

Até há quem tome banho no mar, algo que nunca faria em pleno Janeiro, algo que provavelmente muitos dos que vão à água nunca se questionaram do simbolismo do porquê de o fazerem. É simples, é como um baptismo de renovação, um baptismo que depura aquilo que se têm de nefasto deixando o sujeito pronto para tudo o que vêm ai de novo.


Na vida necessitamos desta constante vontade de sonhar, desta constante renovação dos desejos, desta vontade de que um amanhã seja melhor que hoje, só assim podemos ter força para seguir em frente. Só sonhando podemos acreditar no futuro e enfrentá-lo com sorrisos e champanhe.

Daí talvez a necessidade de haver uma data marcada para que todos possam pensar nos seus sonhos para o futuro!